Para alguns a descoberta da essência é algo como deixar-se ir por correnteza até deparar-se com o abismo de uma então cachoeira. Estes são os que permitem-se levar por águas violentas, percorrendo caminhos conturbados que os projetam o terrível medo de perder-se em meio ao caos, por isso são desafortunados. E perdem-se, de fato, porém por meio disto, encontram-se, e por isso são premiados. O encontro se dá por decorrência da perdição. Não há o que se encontra sem antes ter se perdido.
Acreditamos esvair a essência de berço que nos foi concedida diversas vezes ao longo do decorrer desta experiência, entretanto, não o fazemos, aprimoramento é a palavra. E então não mais dói como o castigo físico de uma mãe insatisfeita, quem nos dera ela fosse sempre a encarregada disso. Logo as pessoas se tornam as responsáveis, especialmente aquelas as quais creditamos o sentimento. A cada uma delas é concedido uma função, a qual deve ser processada na espontaneidade do destino. Aquele ao qual nos entregamos ao léu, portanto, toda uma vivência se faz por desnecessária ao passo em que existe pela necessidade de existir.
Sendy Cavalcanti Falcão, 04 1998, uma metamorfose ambulante buscando através da escrita encontrar-se. Necessita fazê-lo desde que a vida perde o sentido quando não o faz. Criou este blog para postar os textos que estiveram por tanto tempo trancafiados, como também compartilhar os gostos que fazem parte do seu dia a dia. Enxergando beleza onde há caos, tem dito que o artista é aquele que consegue enxergar coisas belas nas corrupções do mundo. Porquanto extrai e expõe o caos que há em si a você, espera que a interprete da melhor maneira possível e leve consigo algo bom em sua passada. Deseja-lhe uma ótima estadia.